segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

反乱!

ATENÇÃO: O TEXTO ABAIXO CONTÉM PALAVRAS DE BAIXO CALÃO. NÃO RECOMENDADO PARA PESSOAS QUE SE OFENDAM FACILMENTE COM PALAVRÕES.


Por que grande parte das pessoas que gostam de j-music só falam mal das matérias que fazem sobre j-music - mais especificamente com j-rock? Que coisa mais estúpida ficar falando mal do que os outros estão fazendo pra divulgar o j-rock. Se for fora de um evento relacionado, se não tiver uma pessoa caracterizada a divulgação tá errada? E o que é que tem se o j-rock ficar popular e virar modinha? "Se é bom, é bom, acabou. Não tem essa de modinha.", eu ouvi uma vez, e essa é a pura verdade. A banda fica popular aí, de repente, fica ruim também?

Pior ainda é quando essas pessoas falam, falam e nem têm argumentos pra sustentar o que se fala.

E essa coisa de ficar pegando no pé das pessoas porque não sabem pronunciar o nome da banda. Aff, isso já é idiotice! Se nós não estamos no Japão, que se foda a droga da pronúncia! O que importa é a música da banda, não a pronúncia do nome! Porque, se for assim, o mundo todo pode pronunciar corretamente o nome de uma banda e já pode dizer que conhece, que escuta, enfim, sem sequer ter escutado uma única música.

Ou até mesmo aqueles que reclamam porque a pessoa não entende direito o jeito que eles tocam e essas coisas. Então agora, pra escutar música tem que saber tocar todos os instrumentos também?

Falar uma dezena de palavrões, se vestir de preto, colocar piercings e se achar o revoltado, pra ser igual aos outros fãs de j-rock é besteira. Eu adoraria ter um piercing na boca e adoraria ter as mesmas roupas que os j-rockers, mas eu nunca mudaria meu caráter só pra me incluir em um grupo de pessoas que compartilhem do mesmo gosto musical que eu. Isso é uma demonstração de falta de personalidade.

P.S.: Me desculpem se ofendi alguém com as minhas palavras, mas eu detesto isso e essa é a minha opinião sobre o assunto.

W-uk

Realismo x Naturalismo

Pelo que eu li em alguns lugares sobre períodos literários, o realismo se define por: Ênfase na realidade; Predomínio da razão; Distanciamento racional entre o autor e os temas; Objetividade; Engajamento (literatura como forma de transformar a realidade); Retrato fiel das personagens;A mulher numa visão real, sem idealizações; Universalismo. E o naturalismo por: Determinismo biológico (o homem é produto do lugar em que vive); Objetivismo científico; Temas de patologia social; Observação e análise da realidade; Ser humano descrito sob a ótica do animalesco e do sensual; Linguagem simples; Descrição e narrativa lentas; Impessoalidade; Preocupação com detalhes.

Bom, dos dois, eu vou mais para o naturalismo, mas não concordo 100%. Se formos parar pra pensar, muitas vezes - não sempre -, o homem é produto do lugar em que vive. Se o homem vive em um lugar violento, ele tende a ser violento, se ele vive em um lugar tranquilo, ele tende a ser tranquilo. Acho que isso na maioria das vezes é verdade, mas há aqueles que se excluem disso.

Esse é o período que eu acredito mais se encaixar com a realidade. Acho que o realismo exagera um pouco em alguns pontos, por isso não sou muito fã, mas eu gosto de alguns livros e contos de Machado de Assis. É um pouco contraditório, mas é algo que eu acho legal independente das características e o período literário em que elas foram escritas.

Também não vou dizer que o Naturalismo é o meu período literário preferido, porque é mentira. Como toda boa menina romântica, eu adora um romance, principalmente aqueles de príncipes montados em cavalos brancos. (✪ฺܫ✪ฺ)

W-uk

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Longe dos olhos

Algumas coisas a gente não precisava ver, não é mesmo? Plena noite de Natal, eu e minha família queríamos conhecer as árvores de Natal que o governo de São Paulo enfeitou, mas nem tudo deu certo...

Eu e minha família ficamos naquelas ilhas entre uma pista de carro e outra, quando voltávamos pro carro, junto com outras pessoas, só que, um homem acabou atravessando no vermelho, bem as minhas costas, e depois de um barulho muito alto, quando eu me virei pra trás, ele estava sendo atropelado por um ônibus em alta velocidade. Eu conseui ver perfeitamente o estado em que o homem caiu depois de ser atropelado. Foi a pior visão de toda a minha vida.

Não é a primeira vez que eu vejo um atropelamento, mas o primeiro não foi grave, a mulher continuou consciente e andando. Mas desta vez, o acidente vai ficar marcado pra sempre, já que aconteceu exatamente no dia de Natal.

Eu espero sinceramente que eu nunca mais veja isso, mas espero ainda mais que as pessoas parem e pensem sobre isso. Esses e outros muitos acidentes poderiam ter sido evitados. É como a Lei Seca que tantas pessoas falam mal. Se fossemos pensar bem, na maioria das vezes, quem perde a vida não são os que batem o carro, mas os que levam a batida. Se não for por eles, que seja por vocês.

W-uk

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Meri Kurisumasu!



Feliz Natal pra todo mundo!! E próspero Ano Novo!




W-uk

sábado, 19 de dezembro de 2009

Ressa amanhã :O

Amanhã é o Ressaca e daqui a alguns minutos a minha amiga chega pra dormir em casa e ir comigo pro Ressaca.




Espero que tenham coisas legais lá.




Eu estou com sono hoje, só dormi 7hs. D:



W-uk

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

不安 / 不安定

Own, sabe aquele sentimento de "será que eu devia ter feito isso?" ? Pois é... eu tô me sentindo totalmente insegura se fiz uma coisa certa. Aliás, uma não, várias.





É meio assustador pensar que eu posso ter feito algo errado e não ter mais como consertar. -scary




Lemme think about it...




W-uk

Ressaca Friends no domingo!


Yep, eu vou no Ressaca! Nesse domingo eu consegui ir na Liba e comprar um ingresso. (✪ฺܫ✪ฺ)


No sábado minha amiga ainda vem dormir em casa então nem vou conseguir fazer muita coisa no fim de semana.


Espero que seja bom e que eu consiga comprar muita coisa! ('ー') フフ


Ressaca Go Go!


W-uk

Fotos do Festival de Taiko

Já faz um certo tempinho que eu fui no festival de Taiko, mas eu lembrei que algumas pessoas tavam tirando fotos, e aí, aproveitei pra pegar algumas pra mostrar. Foi realmente uma pena que eu não tenha conseguido assistir a apresentação inteira. (。♋ฺ‸♋ฺ。)

Essas fotos foram tiradas por Felipe Tamashiro. Todos os créditos à ele.



Esse das crianças foi uma gracinha!




Nessa apresentação um dos tocadores do odaiko deixou o bachi cair, depois deixou o reserva cair e depois pegou o reserva do outro tocador que tava do lado. Eu gostei de ver que ele não ficou nervoso. Bem legal. (✪ฺܫ✪ฺ)




Eu gostei muito desse também. Esse grupo era de apoio à crianças altistas. Muito bonito mesmo.




Eu achei que esse grupo tocou o Fuuga Tenshou, a música que meu grupo de taiko tava tocando. \(º0º\)


O festival teve direito até a uma "dança que agora esqueci o nome" e de apresentações com chamisen. Muuuuuuito bom mesmo! ばんざーい!ヽ(▽ ̄ )乂(  ̄▽)ノ ばんざーい!



Taiko Go Go!


W-uk

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Formatura hoje :)

Hoje é a formatura da minha amiga! (✪ฺܫ✪ฺ)
Era minha também, mas decidi não fazer. -off


Tô ansiosa pra usar meu vestido novo!




Espero que seja divertido. \(^0^)/



Let's have fuuuun!


W-uk

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

太鼓の達人!


Minha irmã conseguiu colocar o Taiko no Tatsujin no DS da minha irmãzinha!






Claro que eu já joguei HAPPY(*・▽・)/\(・▽・*)HAPPY, e consegui uns bons pontinhos pra primeira vez.




Yep, I loved it!



+.(´・∀・)ノ゚+.ダー☆


W-uk

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pulseiras Coloridas

Quem já não ouviu falar da moda das pulseiras coloridas que são as pulseiras do sexo :B

Aff, que coisa mais tosca acreditar nessas bobagens que o povo inventa. O que uma porcaria de plástico pode fazer de diferente? Sem comentários. q(-__-')p


Elas são classificadas como:

[] Amarela – é a melhor porque significa das um abraço no rapaz;
[] Laranja – significa uma “dentadinha do amor”;
[] Roxa – já dá direito a um beijo com língua;
[] Cor-de-rosa – a menina tem de lhe mostrar o peito;
[] Vermelha – tem de lhe fazer uma lap dance;
[] Azul – fazer sexo oral praticado pela menina;
[] Verdes – são as dos chupões no pescoço;
[] Preta – significa fazer sexo com o rapaz que arrebentar a pulseira;
[] Dourada – fazer todos citados acima;




What the hell are people thinking?


W-uk

WALL-E



Esses dias eu estive assistindo WALL-E de novo. (✪ฺܫ✪ฺ)
Será que alguém já parou pra pensar na mensagem que ele quer passar? Puf, eu acredito que a maioria não. Aliás, se entendeu finge que não entendeu e deixa por isso mesmo. É meio chato pensar que as pessoas não estão nem aí pra problemas ambientais. Σ(゚∀´(┗┐ヽ(.◕ฺˇд ˇ◕ฺ;)ノ






Eu gosto de lembrar um ponto importante: Quem é que vocês acham que estaria naquela super nave? Apesar de ser grande, não abrigaria o mundo todo, óbvio.
O filme tem dois pontos importante: um deles é o estado deplorável que o planeta Terra ficou por culpa nossa - o que eu acredito não demorar pra acontecer -, e também o fato de que só a elite conseguiria sobreviver. Sobrevive quem tem dinheiro, então?



Ninguém mais liga pra nada hoje em dia... E eu sei que independente do tanto que se fale, vai continuar da mesma forma. (; ̄д ̄)ハァ↓↓





Well, who cares, right?



W-uk

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Robin Williams? What the hell is going on?

[...]

"Chicago mandou Oprah (Winfrey, popular apresentadora de TV) e Michelle (Obama, primeira-dama dos Estados Unidos). Já o Brasil enviou 50 strippers e meio quilo de cocaína", brincou o irreverente ator, arrancando risadas da plateia.






Essa merecia um prêmio pra melhor piada! (*☉౪ ⊙。)ノキミワノ ヽ``┼┐デスカ?





What's the meaning of Brazil? It's only a big joke, of course. What will Robin think if I say bad things about Chicago?





W-uk

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Yep, as aulas terminaram!

Até que enfim! Hoje foi a última prova, mas eu acho que fui mal... Fazer o que...?
Bem, pelo menos eu acho que não pedo recuperação em nada! ┌(・。・)┘♪└(・。・)┐♪┌(・。・)┘モンキーモンキー





Agora só esperar pela formatura, apresentação de taiko, festa da Mari e Ressaca Friends! (๑◕ฺฺܫฺ←๑ฺ)
とてもハッピー!





週末の良い

Bai Bai!



W-uk

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Brasileiros Gaijins (estrangeiros)

É engraçado como grande parte - não vou generalizar - dos descendentes de japoneses que nasceram no Brasil mas têm os pais japoneses ou até mesmo os avós, gosta de discriminar o próprio país. Sim, porque o país dessas pessoas é o Brasil, não o Japão.


O pior de tudo é quando esses descendentes dizem, "Ah! É bom que nós possamos manter nossa cultura. Porque, querendo ou não sempre acabamos sendo influenciados pelas amizades com gaijins". Claro! É lógico que você é brasileiro, descendente de japonês, mas brasileiro, e outro brasileiro, no BRASIL, é um estrangeiro pra você. E sabe por quê? Porque você nasceu, cresceu, viveu a vida toda no Brasil, mas não, você NÃO é brasileiro. Isso soa estremamente lógico não?

Esse desprezo é extremamente ridículo.

Quando essas mesmas pessoas forem ao Japão, serão chamadas de gaijins pelos japoneses, aí é que tá. Essas pessoas não têm país então, certo? Se elas não são brasileiras, e são chamadas de gaijins no Japão, então, sinto muito, acho que não sei dizer de onde vieram. E, tudo isso que eu disse, foi por vivenciar, foi por ver bem na minha frente alguém ter o descaramento de dizer coisas tão sem sentido como essas.

Por mais que eu adore a cultura japonesa e o Japão, eu nunca deixarei de dizer orgulhosamente que sou brasileira, independente de qualquer problema que o Brasil tenha, esse é o meu país, e ninguém pode mudar isso.

W-uk

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

コアラのマーチ!




Awnn! Eu comprei o コアラのマーチ e consegui tirar uma foto! (≧∇≦)/
Esse que eu comprei é de chocolate. Muuuito bom!





Ee, eu esqueci de colocar uma foto do ingresso do Festival de Taiko. Olhem, olhem!





É isso! ( ・ω・)
また近いうちに!




W-uk

domingo, 15 de novembro de 2009

完璧な!

Hoje foi o II Festival de Taiko da Primavera, e, sem dúvida, foi perfeito! ∩( ・ω・)∩
Apesar de eu ter que sair meio-dia, pelo tanto que eu assisti, já achei muito, muito lindas as apresentações!





Eu não lembro agora qual o nome do grupo que eu mais gostei, mas sei que eles já foram pro Japão.
O de crianças e o que apoiava as crianças com altismo foi emocionante! :Adorei!:





Espero que eu possa ir ano que vem! (^-^)º


W-uk

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

II Festival de Taiko de Primavera (15/11)

O meu curso de taiko levará o grupo para uma apresentação de taiko no Bunkyo, na Liberdade, então decidi colocar aqui no blog um anúncio sobre o evento. Para quem tiver interesse, aqui está algumas informações:

Quando
dom 15 de nov 09:00 – dom 15 de nov 18:00

Onde
Grande Auditório do Bunkyo - Rua São Joaquim, 381 - Liberdade - São Paulo - SP
[ mapa ]

Criado por
Integração BUNKYO

Descrição

A Associação Brasileira de Taiko (ABT) realiza o II Festival de Taiko de Primavera no dia 15 de novembro, a partir das 9h.

Apresentam-se 25 grupos de taiko de São Paulo e região. Além do show, haverá estandes de comida e produtos relacionados à prática de taiko.

Convite: R$ 15,00
À venda na ABT - Rua São Joaquim, 381 - 2º subsolo - Liberdade

Informações: Associação Brasileira de Taiko
(11) 3341-1077 / abt@taikobrasil.com

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

[ An Cafe ] 夏恋★夏GAME PV

Adoro esse PV! o(^o^)o

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Acabaram! =D

A primeira "rodada" de provas, acabou!!
Eu vou poder jogar mais no Wii e ainda resolver meus problemas virtuais. '3'




Espero que as próximas provas estejam fáceis.

W-uk

domingo, 25 de outubro de 2009

Taiko !

Hoje eu tive aula de Taiko! (Pra quem não sabe Taiko é tambor em japonês)
Eu tô aprendendo uma música bem fácil, mas acho que ainda não consegui destravar. º(>__<)º





E, ontem minha amiga veio dormir em casa pra poder assistir minha aula. Espero não ter decepcionado. xOO



Afinal, ela faz kenjutsu, e o bushidô exige bastante de concentração, dedicação e essas coisas.




W-uk

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

興奮

私の友人はここで明日の睡眠をとる!
In this weekend she'll see me in my Taiko Class! 8D





Ninguém, fora meus pais e os amigos da minha mãe me viu! Tô ansiosa, ao mesmo tempo que, com medo de fazer algo errado no treino. º(>___<)º





運!


W-uk

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nintendo Wii :3

I'll play nintendo Wii! 8DDD
Yep. Eu ganhei um nintento wii!
No dia das crianças, mas só decidi comentar agora mesmo. xD

Bye!




W-uk

Visitem o AnimeSpirit!

Eu sou a Uchihasasusaku lá. 8D
AnimeSpirit Go Go!




AnimeSpirit

I'm too tired!

Hoje eu tive que ir no curso de inglês, no dentista e fazer os trabalhos de artes. -q
Espero ter calma pra aguentar o resto do dia!



Tomorrow I have a test! Good luck for mee! 8D


W-uk

domingo, 18 de outubro de 2009

Dia Cansativo [ mode off ]

今日は忙しい日だった!
Hoje teve a corrida no autódromo de interlagos, e como meus tios moram por perto, acabei dando uma volta com eles em volta do autódromo.



Estava tudo uma bagunça lá.
Muitas pessoas. =O



W-uk

sábado, 17 de outubro de 2009

かわいい :3 ~~


Essas borrachinhas que eu achei são realmente fofinhas. *-----*v


Eu tenho duas de sorvete, só que já tô usando, então num tá tão fofinho quanto antes.
&whatapity




W-uk

私のブログを知っていますか?

私のブログを知っていますか?
I call it Choco Keeki!



そこに行っ!


W-uk

Como seu dia está?

O meu está bem monótono... Apesar de que, mais tarde eu vou sair. O problema é que semana que vem minhas provas começam. -q

Não aguênto mais estudar! xO
Who cares?




W-uk

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

あなたの音楽なしでは生きできます?

Eu só escutei música uma vez hoje. D:
O problema é mais a preguiça, na verdade. Eu admito.



Mas, eu sei que não vou conseguir ficar sem música por muito tempo... ainda mais agora que eu tô viciada em Tegomass.
Pra quem nunca ouviu, recomendo escutar o Tatta Hitotsu Dake. [/fofuramil





ところで、誰が音楽なしの生活?

W-uk

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Headache

お元気ですか??
私は少し悪いんだ。




Eu estou com dor de cabeça e não consigo dormir.
Que eu faço? Y___Y




W-uk

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Nome: Mayumi
Aniversário: 11/01
Onde me encontrar:

Twitter | Choco Keeki | AnimeSpirit | Last.Fm | Fanfiction.Net | DeviantART | Tumblr


Basicamente, eu sou uma pessoa amante de cultura japonesa e viciada em j-rock, que almeja tornar-se Designer Gráfico e viajar para o Japão. Gosto muito de escrever estórias, e sou uma adoradora do português culto, apesar de nem sempre conseguir utilizá-lo da forma certa. ( ;∀;)
Sansei, apaixonada por animes, mangás, doramas, moda japonesa, fanfics, livros e filmes de romance. Gosto de assistir o máximo de Doramas, animes e ler todos os mangás possíveis quando tenho tempo, mas meu repertório ainda é bem limitado.
Apesar de gostar muito do Japão e sonhar em ir para lá algum dia, eu sou um atípica brasileira,que se sente feliz em cantar o hino, que gosta de defender o país quando falam mal dele e espera do fundo do coração que o Brasil um dia seja menos desprezado pelos próprios brasileiros.
Escuto pouca coisa sem ser j-music, k-music, e algumas músicas brasileiras e americanas - por mais que não goste dos EUA, a música é algo indiscutível -, e como preferido de todos, tenho o ガゼット(gazetto). E pra finalizar, mas não menos importante...! Toco taiko com o grupo Ikioi Daiko, a melhor coisa que já poderia ter escolhido fazer!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

[ Meu Doce Demônio ] Capítulo II

ANTERIORPRÓXIMO


- Capítulo II -


Continuei olhando fixamente para o par de olhos amarelados que me encarava. Diferente da última vez que eu vi um monstro como aquele, os olhos transpareciam puro ódio.

Dei um passo para trás, receosa. Se me movimentasse muito bruscamente poderia ser atacada. Não acreditava que estava passando por aquilo de novo. Estava sentindo muito medo.

Enquanto tentava me distanciar sem que o monstro avançasse, ouvi um chamado ao longe. Reconheci como a voz estridente da Ino, e me desesperei mais ainda. Se elas aparecessem ali, poderiam ser mortas por aquilo. Recuei mais rapidamente, e quando achei que estava distante o suficiente me virei e corri o máximo que meu fôlego suportava, sem olhar pra trás.

Cheguei até Ino e a vi com uma expressão preocupada ao lado de Hinata. Antes que alguma das duas começassem a falar, segurei seus pulsos e continuei a correr para longe. Lógico que elas estranharam, mas por via das dúvidas, começaram a correr sem questionar.

Assim que entramos em um dos vagões no metrô, parei de correr e busquei desesperadamente minha bombinha asmática. Depois de me sentar e começar a respirar com mais normalidade, Hinata me interrogou, tomando cuidado para que eu não me esforçasse demais.

- O que aconteceu Sakura?

- Me desculpem, eu... não sei como explicar. – comecei, sem fitá-las.

- Tente – Ino estava séria, parece que havia entendido a gravidade do problema.

- Vocês vão me achar louca, mas escutem tudo primeiro. – respirei fundo e me pus a explicar toda a minha trajetória, desde o dia anterior, até o último ocorrido. À medida que ia contando o que aconteceu, Ino parecia acreditar, tanto que fazia expressões assustadas, já a Hinata, parecia não conseguir crer, ela estava perplexa diante de tudo o que dizia.

Depois de terminar de contar, deixei que ambas digerissem as informações que havia passado. Esperava por algum sermão ou algo do tipo, coisas comuns que se aconteciam quando alguém dizia o que eu disse. Pura insanidade a minha, claro.

- Sakura, você tem certeza do que está dizendo? Não foi sonho, pesadelo, um filme de terror... ? – Hinata perguntou séria.

- Sim, certeza. A dor, principalmente, foi real.

Houve um silêncio prolongado. Todas nós estávamos sentadas, pensativas e preocupadas. Seguimos em silêncio até o final do percurso, e assim que descemos, Hinata se separou de nós, pegando seu caminho de casa, não sem antes salientar:

- Tome cuidado com essas coisas, Sakura. Se for realmente verdade, eu temo o que possa acontecer a você – ela me olhava preocupada. Enfim, estava começando a acreditar.

- Não se preocupe Hinata. – sorri – Não se esqueça que eu sou muito forte – ela sorriu de volta, acenando positivamente.

Despedimos-nos e cada uma foi para o seu lado. Eu e Ino morávamos perto, então ainda seguiríamos por algumas ruas junto.

Como sempre, a Ino não conseguiu ficar quieta por muito tempo. Eu esperava que ela dissesse alguma coisa a respeito do que havia contado, mas ela sequer tocou no assunto. Talvez ainda não tivesse absorvido completamente o que eu disse.

Enquanto ia contando sobre as coisas que tinham acontecido a ela durante seu último namoro, eu pensava comigo mesma se devia ter dito a história toda a ela e a Hinata. Sim, eu pulei a parte em que aquele homem me beija, afinal, qual a importância disso na história toda? O problema é só que eu estava realmente afoita e queria desabafar isso com alguém.

Não sabia se devia contar ou não, mas meu maior desejo era conseguir compartilhar minha incredulidade com alguém. Aquilo foi tão... surreal.

- Sabe, eu não sei se a Hinata reparou – Ino começou, repentinamente, me fazendo voltar para a realidade – Mas eu notei que você não contou exatamente tudo o que tinha pra contar. Estou errada? – ela se virou em minha direção, sorrindo como se tivesse feito uma grande descoberta, ao mesmo tempo em que estava com medo de ouvir a resposta. Arregalei os olhos, descrente na capacidade da Ino em descobrir o que se passava comigo.

- Você realmente me conhece bem, né? – sorri de volta. Nos conhecíamos desde o jardim de infância, não esperava menos dela. Ela descobria sempre o que estava me incomodando, o que eu estava pensando, minhas preocupações... – Bem, tem uma coisa que eu não contei mesmo.

Pausei repentinamente, pegando fôlego.

- O homem de olhos escarlate não foi embora, como eu havia dito – Ino me encarava séria – Na verdade, eu desmaiei pela falta de ar, e só fui acordar depois de algum tempo. – pausei novamente, só que, desta vez, por vergonha do que iria revelar – Quando eu acordei, eu estava nos braços daquele homem – ouvi um gritinho de espanto de Ino.

- O que ele fez com você? – ela estava chocada com a possibilidade dele ter se aproveitado de mim.

- Me deixe terminar de contar, Ino – a repreendi, acalmando sua euforia – Bem, o problema nem foi ter acordado nos braços dele, o problema é que ele estava me beijando – ela ia me interromper de novo, mas me adiantei – Eu tentei separá-lo de mim, e ele sequer resistiu, apenas se distanciou de mim e colocou uma das mãos no meu tórax, e antes que eu pudesse tentar me soltar dele, eu senti um calor estranho na mesma região em que a mão dele estava, e foi só aí que consegui voltar a respirar normalmente. Eu não precisei fazer mais nada, ele me colocou sentada e fez com que eu encostasse minhas costas na parede, pra não cair. Depois disso, ele foi embora. – finalizei, fitando os próprios pés.

Pelo silêncio da Ino, eu estava crente de que ela, ou estava achando aquilo um absurdo, ou acreditou e estava achando tão surreal quanto eu achava. Esperei pela reação dela, mas ela continuou quieta. Olhei-a de esgoela, e a única coisa que vi foi uma Ino séria, como nunca vi antes. E, quando menos esperava, ela começou a rir, não com aquela gargalhada estridente de sempre, mas uma risada suave, como se estivesse descrente do que havia ouvido.

- Se eu não te conhecesse, Sakura, e claro, se ele não fosse tão perigoso, eu diria que você gostou de ser beijada – corei espantada.

- C-Claro que não, Ino! – ela voltou a rir, agora mais abertamente.

Quando menos esperava, nós já estávamos em frente á minha casa, e Ino, que ainda sorria, se despediu de mim e foi direto para sua casa. É, acho que ela não acreditou cem por cento no que eu disse, mas só de ela ter comentado sobre isso, acho que já é um começo.

...


Naquela noite, meus pais demoraram mais que o costume para chegar em casa. Sabia que não era preciso alarde, já que, de vez em quando eles ficavam até mais tarde trabalhando, mas especialmente aquele dia, eu não estava me sentindo nem um pouco bem para ficar sozinha em casa. Eu estava receosa, preocupada e extremamente confusa sobre o que havia acontecido antes de chegar em casa.

Eu sequer me preocupei em jantar, fui direto para o banho e depois tentei dormir.

Apesar de estar com medo, consegui tirar um rápido cochilo, me levantando depois de algum tempo para poder beber água.

Antes de começar a descer as escadas eu escutei um barulho estranho vindo do lado de fora da casa. Talvez fossem meus pais, pensei. Fui verificar da janela, abri somente uma fresta da cortina para visualizar lá fora.

Não consegui ver nada de início, mas aos poucos fui identificando uma estranha movimentação do outro lado da rua. Semicerrei os olhos tentando ver melhor, e só aí pude identificar o causador do barulho. Petrifiquei. Olhos amarelados.

O monstro que havia encontrado mais cedo estava em frente à minha casa, e carregava algo em sua boca. Algo não era um corpo. Senti meu coração se apertar lembrando que meus pais ainda não haviam chegado. O corpo estava ensangüentado e irreconhecível.

Me distanciei da janela e fui até o telefone, disquei o número do celular da minha mãe e ela logo atendeu, dei uma desculpa correndo e desliguei, para ligar logo em seguida para meu pai. Ele não estava atendendo. Fiquei afoita, tentei mais uma ou duas vezes, e o algo que eu temia aconteceu, ouvi o celular do meu pai tocar do lado de fora de casa, já um pouco longe. Corri até janela e não vi mais os monstros.

Aos poucos, comecei a sentir meu próprio rosto molhado, estava chorando de desespero e não tinha nem notado. Abri um pouco mais a cortina, tentando encontrar o monstro, mas foi em vão.

Sai porta afora, sem notar que ainda estava de pijama, e que corria diretamente para o lugar que evitava até em pensamentos. Meu pulmão doía, meus olhos ardiam, e eu não conseguia pensar em mais nada plausível. Já acreditava que o pior havia acontecido, e eu precisava fazer alguma coisa. Ia arriscar minha vida, mas acho que nada importava mais.

Corri desesperada até a grade que cercava o hospital abandonado e tentei gritar com o pouco ar que me faltava.

- Por... Por favor! – gritei ofegante – Me ajude!

Tentei pegar ar para gritar novamente, mas minha voz não saia. Agachei, sentindo meu tórax doer mais que nunca. Fechei os olhos com força, até sentir alguém me puxar bruscamente para trás, para depois ser carregada até um lugar mais aberto.

Senti-me ser beijada novamente, e instantaneamente abri meus olhos, visualizando o mesmo homem de antes. Senti um gosto de sangue e então ele se separou de mim, repetindo os mesmos gestos que havia feito antes. Apoiou uma de suas mãos em meu tórax e depois de sentir o calor na região, pude voltar a respirar.

Ainda estava com os olhos fechados, quando o ouvi começar a falar.

- O que está fazendo aqui? – sua voz soou tão suave que me forcei a abrir novamente os olhos apenas para encará-lo. Seus olhos não estavam escarlates – Diga. – ordenou.

- Aqueles... aquilo... atacou meu pai – meus olhos marejaram – Por favor, me ajude.

Ele permaneceu em silêncio. Senti medo por aquela falta de reação. Pensei em algo que ajudasse a convencê-lo de me ajudar, mas minhas palavras não saiam. Continuei olhando-o fixamente nos olhos, estavam tão negros e profundos que eu sequer me dei conta que aos poucos ele foi adquirindo uma cor vermelha intensa.

- Fique aqui – sua voz adquiriu um tom grave, e até mesmo irritado.

Não ousei desobedecer. Ele fez com que eu me sentasse e se levantou, virando-se para ir, mas antes que fosse, ele me jogou uma espécie de bolha de vidro, com uma pedra negra no interior.

- Fique com isso – no instante seguinte, ele desapareceu.

Fiquei onde ele me pediu que ficasse sem questionar. A única coisa que fiz foi visualizar melhor a pedra que ele havia jogado para mim. Era estranha, parecia que uma fumaça negra a encobria. Típico de filmes de terror. Foi pensando assim que comecei a derramar mais e mais lágrimas, com medo, receio, culpa e raiva. Raiva por aquilo estar acontecendo, raiva por ter agido precipitadamente, raiva por ter que recorrer a alguém tão perigoso e pouco confiável quanto aquele homem, raiva por ser sempre tão inútil.

Enquanto me lamentava mentalmente, senti uma forte tontura, mas me forcei a ficar de olhos abertos. Encarei a pedra que ainda segurava, apertando-a com força, imaginando o que aconteceria se eu quebrasse aquela bolha de vidro que a protegia. Aos poucos, fui cedendo à tontura e minha visão foi escurecendo. Por mais que tentasse, nada me fazia manter meus olhos abertos.

...


- Sakura! – ouvi alguém me chamar, preocupado – Acorda! – reconheci a voz como sendo a de Ino. Abri vagarosamente os olhos.

Olhei em volta e reparei que estava no meu quarto. Tudo estava normal, ou pelo menos parecia estar, porque a Ino estava com uma expressão preocupada, mas não fez muita confusão. Se fosse algo realmente sério, eu perceberia na hora.

- Nossa, você parecia uma louca dormindo! – sentei-me – Ficava gritando que precisava de ajuda. Com o que você sonhou?

Sonho? Como assim sonho? Tudo o que aconteceu parecia ser tão real, não é possível que toda a dor e o desespero que eu senti tenham sido apenas um sonho. Virei subitamente para Ino e perguntei onde estavam meus pais. Ela arregalou os olhos, sem entender minha reação.

- Eles estão lá em baixo, tomando o desjejum. Por que essa aflição toda?

Não respondi sua pergunta. Comecei a lembrar do meu... sonho, e refletir sobre tudo o que havia acontecido. Eu pude ouvir a voz daquele homem, parecia ser tão real. Até mesmo o... o beijo, e o gosto de sangue, eu pude sentir tudo.

Coloquei uma de minhas mãos sobre meus lábios, relembrando do momento em que havia sido beijada. Se aquilo foi um sonho, então eu deveria estar ficando louca.

- Se arrume logo, já estamos atrasadas – Ino alertou, deixando o quarto.

Levantei desajeitada, sentindo uma estranha dor nas pernas. Parecia que eu tinha corrido quilômetros sem cessar. O que não era de todo mentira, já que, no meu sonho isso acontecia.

Troquei de roupa e comecei a arrumar minha cama. Depois de dobrar tudo, puxei meu cobertor para esticá-lo sobre minha cama de forma que não ficasse amassado, mas fui impedida pelo som de algo caindo no chão. Fechei os olhos já achando que tinha quebrado alguma coisa importante.

Me agachei à procura do objeto. Tive que vasculhar em baixo da minha cama, o que me fez demorar ainda mais para achar o que havia caído. Até que senti algo gelado encostar em minha pele, e assim que consegui agarrar o objeto, puxei-o para a claridade para vê-lo.

Era uma bolha de vidro, com uma pedra negra em seu interior. Arregalei os olhos. Aquilo foi realmente um sonho?

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[ Meu Doce Demônio ] Capítulo I

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- Capítulo I -


Depois do ocorrido, eu passei o dia inteiro dentro de casa. Talvez estivesse amedrontada, ou simplesmente ainda estava muito perplexa para poder racionar. Minhas amigas ficaram o dia todo comigo, na minha casa, só conversando sobre coisas triviais, para passar o tempo. Não ousei citar o que havia acontecido.

No dia seguinte, como eu tinha aula, continuei com a minha rotina normal. Acordei, me arrumei, tomei meu café da manhã normalmente e fui para a escola. No caminho, eu tentei prestar o máximo de atenção possível nas coisas ao meu redor, para poder me prevenir de outro inconveniente como o do dia anterior.

Não foi difícil concluir, depois de certo tempo, que aquele dia ia ser apenas, mais um dia comum. Ainda bem, pensei.

Cheguei à escola e me dirigi até minha sala, junto com a massa de alunos que seguia o mesmo trajeto. Encontrei minhas amigas durante o percurso e, juntas, fomos até nossa sala.

- Sakura, você ainda não nos contou o que aconteceu ontem. – uma de minhas amigas, Hinata, começou, timidamente.

- A Hinata tem razão. Você evitou o assunto o dia todo. Nós não perguntamos nada ontem porque você não parecia bem – Ino reforçou.

Passei alguns segundos sem responder, tentando raciocinar o que responder. Não sabia se respondia a verdade ou se inventava algo para que não me perguntassem mais sobre isso. Provavelmente elas não acreditassem na história real, mas sempre fui péssima com mentiras.

- Eu só me senti indisposta por um momento e acabei parando pra descansar – optei por mentir.

Ambas me olharam descrentes, mas preferiram não me forçar a falar nada. Acho que perceberam meu desconforto com o assunto e deixaram que eu tivesse meu tempo para contar. Isso foi bom, pelo menos poderia me preparar psicologicamente para receber as críticas e palavras preocupadas com minha insanidade sem tamanho. Não posso reclamar, afinal, tenho certeza de que, na situação delas, eu agiria da mesma forma.

...


No término das aulas eu aproveitei para ir com a Ino e a Hinata até o aquário no centro da cidade. Nada como distrair a cabeça depois de um dia tão cansativo quanto aquele. Iríamos de metrô até lá, assim chegaríamos mais rápido, e direto na entrada do aquário.

Estava mais animada com o passeio que faríamos, afinal, não é sempre que eu posso ir até tão longe. Eu sempre gostei muito de animais, e aquele aquário era simplesmente lindo.

Andamos apressadas até a parte do aquário que cobria todo o teto e paredes. Aquele era o melhor lugar para ver os peixes. Ficamos ali algum tempo, sentadas nos bancos distribuídos ao longo do caminho, assim como algumas outras pessoas.

- É tão estranho vir aqui durante semana – Ino comentou, sem nos olhar – Nos finais de semana pelo menos vemos algumas crianças e famílias. Mas durante a semana só vemos casais e poucos grupos de amigos. Perceberam que só nós estamos em um grupo só de meninas?

Era verdade, ali havia muitos casais. Aliás, para qualquer lugar que você olhasse tinha alguém de mãos dadas. Eu sentia tanta inveja deles. Eu nunca cheguei a namorar, acho que sempre repelia as pessoas que conhecia por ter asma. Quem iria querer alguém com problemas de respiração para namorar?

- Você não pode reclamar muito, Ino. – Hinata começou, sorrindo – Até mês passado você ainda namorava.

- Pois é, mês passado. – Ino frisou – E você também, né Hinata? Agora o Naruto vive te cercando.

Eu e Ino olhamos para Hinata, com sorrisos divertidos. Pude ver a Hinata ficar muito vermelha na região das maçãs do rosto. Acabou de se denunciar. Rimos com o embaraço de Hinata. Era tão bom ficar assim, tranqüila e sem preocupações.

Contemplamos a visão do aquário por mais algum tempo e passamos a andar pelo resto do aquário. Era um lugar grande, e a variedade de peixes era tamanha que com certeza não conseguimos ver todos.

Ficamos até tarde no aquário, e na volta paramos em um Mangá Café para comer algum lanche e depois irmos para casa. Passamos mais um bom tempo no Mangá Café, conversando sobre besteiras e coisas da escola, enquanto as três comiam um generoso pedaço de bolo de chocolate com morango e tomando chocolate quente como acompanhamento.

Ríamos e fazíamos piadinha com quase tudo o que nos vinha à cabeça. Eu estava realmente pasma com a facilidade que minhas amigas tinham de me fazer esquecer o que me atormentava.

- Ei, Sakura, quando você pretende começar a namorar? – Ino perguntou curiosa. Incrível como ela só pensava nessas coisas...

- Não sei – dei de ombros, sem dar muita importância.

- Ah, fala sério, Sakura! Vai dizer que não pensa em namorar ainda?

- Não é que eu não queira, o problema é que não consigo – confessei um pouco desapontada comigo mesma.

- Ah, se for por isso, nós podemos marcar um Goukon (encontro) com alguém que você ache interessante, só como uma tentativa. O que acha? – olhei-a descrente. Eu não consigo fazer isso. Acho que ela percebeu minha expressão e acrescentou – Ok, deixa pra lá. Depois eu faço a oferta de novo. – sorriu.

Eu não ousaria contrariá-la. Quando ela colocava alguma coisa na cabeça, nada tiraria sua determinação para realizar o que pensa. Fazer o que? Já a conhecia há algum tempo, era de se esperar isso.

Continuamos conversando sobre outras coisas menos importantes, mas minha cabeça estava longe. Eu pensava sempre em namorar, mas essa tarefa parecia tão difícil pra mim. Depois de tanto tempo, minha auto-estima só piorou. Eu fico pensando sempre se eu sou tão feia a ponto de não valer a pena arriscar namorar comigo, mesmo com a asma.

Lógico que minhas amigas vivem dizendo que sou linda, que tenho que melhorar minha auto-estima, mas elas são verdadeiramente suspeitas. Que amiga, em sã consciência diria na cara dura que você é feia e sem graça? Seja isso verdade ou não, eu nunca vou descobrir a resposta por elas, ou por meus pais.

O pior de tudo é que, mesmo não parecendo, eu sou aquela menina sensível, que adora ler shoujos (romances) e sonha com o príncipe encantado – apesar da minha atual situação não chegar nem perto disso. Eu vivo mais uma história de terror que uma de romance.

- Sakura! - Ino gritou, tentando me fazer voltar a prestar atenção – Nossa, o que aconteceu? Você de repente parou de falar e não nos escutou mais!

Juntei ambas as mãos em frente ao rosto, em pedido de desculpas, rindo desconcertada. Ela odiava quando eu fazia essas coisas. Pois é, a Ino é uma pessoa enérgica demais pra compreender os devaneios alheios. Só a Hinata me entende nesse ponto. Fazer o que...

...


Quando saímos do Mangá Café já deviam passar das seis horas. As ruas já eram iluminadas pelas luzes artificiais dos postes e um número consideravelmente grande de pessoas circulava pelas ruas, em direção de suas casas. Nós faríamos o mesmo.

Enquanto caminhávamos por entre as ruas movimentadas, víamos uma loja ou outra com algum utensílio ou roupa que atraia nossa atenção e parávamos para vê-los, o que atrasou um pouco mais nossa volta.

Eu não esperava que fosse demorar tanto pra voltar para casa, tanto que nem havia trazido um casaco mais quente. Ino e Hinata pareciam bem, mas eu estava a um passo de começar a tremer de tanto frio. Não as incomodei com meu desconforto, continuei andando, abraçando a mim mesma, no intuito de diminuir um pouco o frio.

Estava tão preocupada em me manter aquecida que acabei me distraindo e me perdendo das duas. Olhei em volta e só via uma multidão de pessoas indo de um lado para o outro, apressadas. Tentei ficar na ponta dos pés, mas eram pessoas demais. Andei um pouco à frente e parei em frente a uma viela quase sem iluminação. Ali estava mais calmo, apesar de ainda haver movimento.

Olhei novamente ao meu redor, tentando achá-las, mas algo interrompeu minha busca. Um som estranho que vinha das minhas costas. Virei por puro reflexo, e ao fundo da viela pude distinguir um novo par de olhos amarelados, que se escondia nas sombras.

Meu coração falhou uma batida. Eu não sabia o que fazer.

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[ Meu Doce Demônio ] Introdução

PRÓXIMO

- Introdução -


Lembrarei sempre do dia que meus pais me internaram naquele hospital, em minha visão infantil, tão grande e assustador. Eu havia sido internada em função de minha asma, que parecia piorar cada vez mais, gerando crises respiratórias cada vez mais freqüentes. Tinha apenas cinco anos, mal sabia escrever meu nome direito. Sakura, esse é meu nome.

Fiquei internada por cerca de dois meses, em observação. Todos os dias marcados pela neve branquinha que cobria quase todas as ruas e o canto insistente dos pássaros nas manhãs. Insistia em olhar pela janela do hospital sempre que podia, e sempre que me aproximava desta eu podia ver ao longe um grupo de crianças que brincava de guerra de neve, enquanto eu estava ali, com apenas cinco anos, obrigada a viver cercada de aparelhos que me ajudassem a respirar.

Um dia, a neve parecia cair violentamente do céu, formando uma tempestade assustadora. Neste dia, lembro que fui receosa até a janela, com medo do que encontraria. Tinha razão de estar com medo. Não havia somente uma tempestade de neve lá fora. Ao longe, pude ver um vulto negro, um homem, de pele muito pálida, e olhos estranhamente rubros, como sangue, que me encarava continuamente. Essa fora a primeira vez que o vi.

...


Felizmente, minha doença foi melhorando ao longo do tempo, e pude sair do hospital, ainda com sete anos. A primeira coisa que planejei fazer foi brincar com a neve, assim como as demais crianças faziam, mas ainda não podia me esforçar muito.

Mesmo hoje, com dezesseis anos eu ainda tenho a saúde debilitada, apesar de não estar tanto quanto antes, ainda não posso brincar com a neve.

Minhas amizades sempre foram escassas, e eu nunca fiz muita questão de tentar fazer mais amigos. A maioria das pessoas evita pessoas debilitadas, que possam atrapalhar seu desempenho ou sua diversão. Não que eu desvalorize as poucas amizades que ainda tenho, mas me sinto bem ao andar sozinha, para refletir, como agora. Bem, não estou totalmente sozinha, levando em consideração que meu pequeno Spitz japonês, o Momo, está aqui comigo. Apesar de não poder, meus pais deixaram que eu tivesse um cachorro de estimação com a condição de não ficar constantemente em contato com ele.

Nossas caminhadas juntos sempre demoravam algum tempo, já que eu sempre acabava devaneando por tempo demais e andávamos até longas distâncias. Era sempre desperta de meus devaneios quando ouvia um chorinho baixo, implorando por colo. Sim, meu Momo sempre fora bem manhoso.

Por enquanto, estávamos bem, ambos acordamos dispostos a andar. Era outono, estava frio, mas o sol da manhã dava uma sensação muito agradável ao passeio.

Enquanto devaneava, senti-me subitamente sendo puxada, e quando vi, Momo tentava a todo custo correr para longe. Olhava para frente amedrontado, dando indícios de choro, parecia até mesmo que estava querendo fugir de algo. Olhei, então, na mesma direção que ele. Lá estava o hospital em que passei um bom tempo quando criança. Agora estava abandonado, não lembro bem o porquê.

Vasculhei com os olhos algo nas redondezas que pudesse fazer o Momo agir daquela forma estranha. Nada. Voltei a olhar em direção do hospital e meus olhos foram atraídos por uma estranha movimentação lá de dentro. Tentei visualizar melhor o que havia ali, e me assustei ao ver um par de olhos escarlates me encararem.

Paralisei por um instante. Eram os mesmos olhos daquele que eu vi quando criança. Fiquei com um súbito pânico, era como se aquilo fosse me atacar a qualquer momento. Tinha que fugir.

Agachei-me, peguei o Momo no colo e me virei na intenção de sair dali o mais rápido possível. Minha asma estava voltando, comecei a passar mal antes mesmo de atingir alguma distância do local.

Um segundo. Isso foi o suficiente para que algo enorme caísse em minha frente, algo que se mexia e rugia baixo. Novamente parei onde estava e visualizei o monstro à minha frente. Era totalmente fora do comum, nem sequer chegava a parecer com um de filme de terror, de tão desconfigurado que era, era muito pior.

Estava ofegante. Meus pulmões pareciam que iam estourar a qualquer instante. O monstro se moveu e pude ver seus olhos de um amarelo intenso. Não eram os mesmos olhos que havia acabado de ver. Ele se aproximava aos poucos, mostrando-se faminto.

No momento que pisquei os olhos, o vi partir para cima de mim. Arregalei os olhos, imóvel, e novamente, um segundo foi o tempo necessário para que outro vulto pousasse na minha frente. Senti um líquido em meu rosto e visualizei o chão. Era sangue, muito sangue. Será que tinha sido atacada? Mas não sentia dor!

Olhei melhor em volta. Lá estava o monstro, morto; parte de seu corpo para um lado, e a outra nas mãos de um homem alto e de roupas escuras, que segurava uma katana (espada) embebida em sangue, assim como suas mãos e parte de seu rosto. Ele estava de frente para mim, mas com a cabeça baixa, não pude ver seus olhos.

Vi-o jogar o cadáver do monstro para o lado, fazendo com que ambas as partes pegassem fogo em seguida. Aos poucos ele levantava o rosto, só então pude ver seus olhos. Escarlates, de um vermelho muito vivo, essa era a cor de seus olhos, que, por incrível que pareça me passaram um pouco de tranqüilidade.

- Vá embora – ouvi-o dizer, com a voz baixa e rouca, ao mesmo tempo petulante e amedrontadora.

Não obedeci de imediato, ainda estava absorta aos recentes acontecimentos. Ele me encarou avidamente, sem sequer piscar, como se buscasse nos meus olhos algum medo. Minha respiração ainda estava descompassada, não conseguiria sair dali tão facilmente. Ia ter uma crise em alguns minutos.

- Vá embora – repetiu grave.

Tentei me virar para ir embora, mas senti uma dor forte no tórax, senti tudo ao meu redor girar e desmaiei. A última coisa que vi, foi o Momo desvencilhando-se dos meus braços e correndo afoito para longe, na direção da minha casa.

...


À medida que recobrava a consciência, eu sentia meu corpo quase que completamente dormente. Sentia estar sendo segurada por alguém e sentia meus lábios serem pressionados por algo macio e gelado, com um gosto metálico. Não estava tão desconfortável, a dor havia cessado.

Abri os olhos lentamente, ao passo que ia me acostumando com a luz, ia conseguindo distinguir o que havia ao meu redor. E quando consegui enxergar tudo por completo, tal foi o meu espanto ao ver o mesmo homem que matara o monstro com seus lábios colados aos meus. Assim como senti meu rosto ferver de vergonha, senti medo pelo que poderia ter acontecido ali.

O empurrei desajeitadamente, e com a pouca força que tinha. Ele se separou de mim e abriu os olhos vagarosamente, expondo seus olhos escarlates novamente, ambos tão profundos e tão frios, que puderam até mesmo me fazer entrar em pânico e encher meus olhos de lágrimas em questão de segundos.

- Por... por – não conseguia parar de gaguejar – Por favor... nã... não me m-machuque – segurava o soluço o máximo que podia.

Ele sequer mudou sua expressão, continuou a me olhar com a mesma frieza. Pensei em tentar me levantar, mas senti que ele pousou uma de suas mãos sobre meu tórax. Tentei recuar, mas ele não deixou que eu fugisse. Senti um calor estanho na região em que ele apoiara a mão, minha respiração se tornou mais ritmada e a dormência passava aos poucos.

Sem dizer mais nada, ele me levantou, deixando-me recostada em uma parede gélida. Levantou-se, e saiu em direção do hospital abandonado novamente.

Eu não tinha idéia do que fazer. Esperei que ele desaparecesse da minha vista, e fui me levantando também, indo em direção de casa, a passos largos.

Estava aturdida, tanta coisa aconteceu, e eu sequer entendi o que era aquilo. No meio do caminho de casa, encontrei meus pais e minhas duas amigas mais próximas preocupados, me procurando. Acenei, tentando chamar-lhes a atenção, sem sucesso. Comecei a correr na direção deles, já prevendo minha falta de ar momentânea.

- Sakura! – minha mãe me viu, e saiu apressadamente em minha direção, com o Momo correndo ao seu lado – Você está bem? O que aconteceu? O Momo voltou sozinho e ficou tão agitado que achamos ser algo que havia te ocorrido.

- Eu estou bem. Não aconteceu nada de mais – conclui, tentando não alarmá-la, o que consegui perfeitamente, já que não estava ofegante como imaginava que estaria.

- Que bom! – ela me abraçou. Minhas amigas e meu pai já estavam ali também, preocupados, e me enchendo de perguntas.

Aquele dia nunca mais será esquecido, com certeza.

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terça-feira, 29 de setembro de 2009




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terça-feira, 15 de setembro de 2009

[ Original ] Diário de uma caneta

Diário de uma caneta.



Querido diário,

Sinceramente, eu sei que fui a melhor criação já feita pelo homem. Ta, não a melhor, mas uma criação que até hoje é usada por todos. Eu confesso, os seres humanos são inteligentes – apesar de estarem tentando a todo custo acabar com o mundo que nos abriga; é nesse ponto eles têm sido bastante incoerentes.

Eu já escrevi tantas coisas... Lógico, não eu, a pessoa que me comprou na papelaria da D. Cecília. Mas, enfim, eu já escrevi muitas coisas. Desde bilhetinhos, até textos enormes de redações.

Pra muitos, isso pode parecer a coisa mais tediosa do mundo, mas pra mim não. Se as pessoas se dessem conta do tanto de coisas que elas são capazes de criar porque têm uma caneta nas mãos, elas ficarão abismadas, sem dúvida! Mas, por que as pessoas dariam atenção para uma reles caneta esferográfica? Bom, está aí a hora de se pensar. E eu sei o porquê disso. Porque eu fui substituída, primeiro por máquinas de escrever e depois, por computadores. Eu admito, esses aparelhos tornam o trabalho das pessoas mais rápido e eficiente. Mas eu tenho as minhas vantagens...

Por exemplo, em uma prova, sou eu quem tem que escrever as respostas! Ah, não. Têm provas que são feitas por computador... Certo, esse exemplo não foi bom. Passemos para outro exemplo. Vejamos... Assinaturas! As assinaturas só podem ser feitas à mão – pelo menos por enquanto.

Estão vendo? Eu sou importante. O único problema, é que as pessoas ainda não sabem disso e sempre me esquecem em algum lugar, fingem que nós somos baquetas – esse é o pior! Tinha um primo que ficou tão estressado que acabou estourando... Fiquei com pena da mãe dele, D. Caneta tinteiro de Ouro. Ela ficou tão triste que acabou entupindo.

Mas, voltando a minha importância... Então, eu sou importante! Sou a prova de um dos passos do homem para sua evolução! Quantos livros, quantas cartas, quantos documentos já tiveram que ser escritos pelas canetas! Sem nós, os registros sobre as pessoas que viveram há séculos atrás não existiriam. Eu, assim como meu amigo papel, sou de suma importância para as pessoas!

Mas, eu respeito a evolução. Respeito meus camaradas, os computadores. Eles são o futuro, e eu sou a marca do passado e do presente. É isso o que penso.

[ the GazettE ] Confuse

Nota: Primeira fic yaoi. Foi escrita mais como um desafio meu para mim mesma, já que eu nunca escrevi nenhum yaoi na vida. :T

...


Era a primeira vez que eu ficava tão maravilhado com o cair das pétalas de Sakuras. Talvez... talvez porque eu não estava sozinho, eu estava com você.

Eu nem sei bem o porquê de estar tão feliz em estar com você; só sei que esses dias sua presença me fazia bem, e eu me pegava sempre analisando os seus movimentos, cada passo, cada expressão. Isso tudo estava me atraindo. Eu queria ficar perto, compartilhar dos mesmos momentos, ver as mesmas coisas, mas, por incrível que pareça, pra mim, só aquilo não bastava. Eu queria encurtar a distância ainda mais.

Quando nós ensaiávamos e você ficava o tempo todo conversando com o Takanori eu ficava indescritivelmente irritadiço e impaciente. E por causa disso ainda levei tantas broncas de todos por não estar tocando direito. Mas o que eu podia fazer? Eu estava... com ciúmes? “Não, não. Não pode ser. Eu? Com ciúmes?” Era o que eu dizia a mim mesmo.

Com o tempo, nós começamos a ficar mais distantes, eu reparei. Reparei também que você começou a ficar enrubescido sempre que eu chegava muito perto, e isso me fez ficar angustiado, com medo de que tivesse feito algo de errado.

E até hoje me lembro de um dia, antes de um show que iríamos fazer, que você me evitou ao máximo, sempre usando como pretexto que você estava nervoso para o show. Ah, claro. Isso só me fez ficar mais angustiado.

No final do show, fiquei esperando que você falasse comigo de novo, mas, pelo contrário. Você continuou fugindo. Mas, pra mim já bastava, eu ia acabar logo com aquilo. Fui direto até o camarim e te puxei pelo braço até um lugar mais calmo, para que pudéssemos conversar.

- Yuu? – você me chamou, preocupado – O que foi?

- Eu queria te perguntar uma coisa, Kouyou – fitei-o, inquieto – Por que... Por que você está me evitando? Te fiz algo errado? – você me olhou surpreso, passando rapidamente para uma expressão constrangida, com o rosto totalmente vermelho.

- O que? Não estou te evitando. Eu só estava nervoso com o show – explicou, tropeçando nas palavras. Eu, nem acreditei, mas preferi não insistir, talvez fosse pior.

E, com a cara mais decepcionada que eu já consegui fazer na vida, murmurei um “Okey” e saí a passos rápidos.

Quando nós voltamos para o hotel que estávamos hospedados, você estava parecendo triste, mas eu não quis ir até você; eu não queria ficar mais decepcionado.

Só que, você acabou vindo até mim. Quando todos estavam na sala, e só eu havia decidido ir para o meu quarto, você veio sorrateiramente até meu quarto e, sem nem anunciar que iria entrar, passou pela porta e depois de fechá-la, encostou-se nela e passou a fitar-me, com a mesma expressão triste de quando chegamos no hotel. Eu, que antes estava deitado na minha cama, folheando algumas partituras antigas, me sentei.

- Yuu – começou – Eu espero que você não tenha me entendido mal. Eu só estava com algumas coisas na cabeça, e queria ficar um pouco sozinho.

- Você não pode me contar o que é?

- Em breve você saberá – ele sorriu, fazendo com que meu coração falhasse uma batida e, imediatamente, desviei meu rosto do dele. Era incrível como o sorriso dele era persuasivo. Eu nem sequer o questionei novemente.

Agora, andando ao seu lado pelo parque, passeando por esse mar cor-de-rosa que as pétalas de Sakura que caíram no chão deixaram, eu me sentia incrivelmente bem. Você estava tão feliz, tão sorridente, que eu não pude deixar de sorrir também, de ficar alegre também.

Nos sentamos em um banquinho de madeira, afastado da multidão de pessoas que passeavam por ali. Ambos, perdidos em pensamentos. Ficamos assim por alguns minutos. Um ao lado do outro, no mais completo e aprazível silêncio.

Até que a voz de Kouyou quebra o silêncio:

- Sabe, Yuu... Eu gosto muito de Sakuras – começou, sem me olhar – Elas nos passam uma sensação de tranqüilidade – sorriu, ainda sem me olhar - Eu gostaria de ficar aqui pra sempre, olhando o cair das pétalas – eu permaneci em silêncio, esperando que continuasse – Assim como eu gostaria de ficar ao seu lado pra sempre – murmurou.

Assim que eu escutei a última frase, achei estar enlouquecendo, então virei de súbito para você, e você sorriu pra mim, com as faces coradas. Eu sorri de volta, sorri bobamente, sentindo meu rosto ficar quente.

- Eu também gostaria – comentei em voz baixa, mas alta o suficiente para que ele escutasse e corasse ainda mais, o que me fez desviar meu rosto do dele.

Ambos ficamos calados por um tempo, somente apreciando a companhia um do outro, e vendo as pétalas de Sakuras caírem por todo o parque, estas, sendo as únicas a presenciarem o beijo tímido que veio em seguida.

[ Naruto ] O pedido do amanhecer

Disclaimer: Naruto não me pertence. Todos os direitos reservados a Masashi Kishimoto.

...


Já fazia algum tempo que eu reparei ela estar ali, atrás do muro que nos separava, se escondendo. Parecia que estava tentando esconder sua presença, mas eu consigo saber onde ela está só pelo cheiro suave de flores que ela emana. Posso afirmar que seja ela só de sentir seu cheiro...É, realmente isso é estranho, mas é que ela tem passado bastante tempo perto de mim. Não era obrigação dela ou coisa parecida, ela de um dia para o outro passou a frequentar a minha sala de Kazekage todos os dias. O por quê disso? Bem simples: uma tempestade de areia a impedia de voltar para sua vila. E como não tinha nada pra fazer, optou por ir ao meu encontro todos os dias, fingindo que ia falar alguma coisa importante, mas no final, sempre acabava falando apenas sobre banalidades. Virou um hábito, uma rotina.

Não tinha um horário certo para a chegada dela, mas sempre a recebia - mesmo que ela ficasse tagarelando o tempo todo e não me deixasse trabalhar direito.

Depois de certo tempo, eu comecei a me sentir confortável na presença dela. Não sei explicar. Ela me fazia sentir uma sensação de calor e alívio.

Quando já tinha passado mais ou menos uma semana, a tempestade de areia tinha acabado, e ela iria voltar para a vila dela, como havia sido programado desde o início. Mas eu me senti estranho. Me peguei pensando como seria se ela não fosse mais até a minha sala todos os dias. Será que seria bom perder aquela sensação de calor e alívio quando eu estava com ela? Bom, deixei pra lá. A obrigação dela era voltar para a vila dela, e eu não posso fazer nada quanto a isso. Ou será que podia?

No dia em que ela iria partir, foi me visitar de novo. Parecia meio triste. O sorriso dela, sempre tão vivo, parecia meio forçado naquela hora.

- Vim me despedir Gaara-sama - ela sussurrou, olhando-me diretamente. Eu apenas assenti como de costume.

Ela pareceu meio desapontada com a minha falta de ação, mas eu sinceramente não sabia que tinha de dizer algo. Eu não estava acostumado àquilo, àquela proximidade. Ela deu alguns passos na direção da minha mesa, a cada passo ficando mais vermelha nas maçãs do rosto. "Será que está doente?" Me perguntei. Só que antes que eu pudesse perguntá-la algo, ela curvou-se até a altura do meu rosto, e depositou um suave beijo na minha bochecha, se afastando rápido, e sorrindo, em seguida. Confesso que fiquei boquiaberto. Nunca recebi um beijo em todos os meus 18 anos, e o dela me fez sentir estranho. Aquela sensação de calor havia voltado ainda maior, só que desta vez, acompanhado das batidas rápidas do meu coração.

Depois que ela se retirou da minha sala, eu pousei a minha mão no local em que ela me beijou. Ainda podia sentir os lábios macios dela contra a minha pele. O que aquilo significava? Fiquei aturdido. Por que me sentia tão mal em pensar que não receberia mais as visitas dela? E que não sentiria mais aquele perfume embriagante de flores dela; não veria seu sorriso, ou presenciar aquela mania dela de ficar brincando com suas madeixas louras, enquanto relatava algo que a frustrava.

Procurei a resposta para isso que sentia, em um ou dois livros, frustrando-me. Então resolvi perguntar pra minha irmã, Temari, ela deveria entender essas coisas. Mas como eu ia perguntar? Acho que na hora eu saberia, ou falava tudo de uma vez mesmo, talvez fosse mais fácil. E foi isso que eu fiz. Assim que ela entrou na minha sala, pra entregar um relatório de missão, eu recebi o relatório e perguntei diretamente:

- Temari - pausei, atraindo sua atenção - Posso te perguntar uma coisa? - ela assentiu e então eu contei toda a minha história. Da sensação boa, do coração acelerado, e do rosto quente que sentia - o que descobri recentemente - todas as vezes que lembrava dela.

Minha irmã pareceu meio surpresa. "Será que isso é ruim?" Me perguntei internamente, um pouco receoso. Mas no segundo seguinte, ela deu um sorriso diferente, meio...como se diz? Malicioso, acho. Logo em seguida me deu um abraço.

- O que aconteceu? É ruim? - perguntei, quando ela me soltou do abraço.

- Claro que não! - riu.

- Então, o que é isso? - estava começando a ficar ansioso com a resposta.

- Gaara, acho que você está apaixonado! - ela continuou sorrindo e falando algumas outras coisas, que naquele momento, eu já nem escutava mais. Então era isso? Eu estava apaixonado. Era muito estranho escutar isso. Eu já ouvi falar, mas nunca tinha sentido.

Mas, voltando ao presente...Eu ainda podia senti-la atrás do muro. Ela novamente tinha ido à Suna para cumprir uma missão e tinha chegado na madrugada do dia anterior. Isso me deixou meio agitado. Mas o que me intrigava naquele momento é o por quê dela não ir falar comigo. Por que estava se escondendo? Eu estava começando a ficar impaciente. Tentei me concentrar em alguma outra coisa. Olhei em volta, vendo toda a vila, do terraço do prédio do kazekege. Já estava escuro. Devia passar das onze horas. O que ela estava fazendo ali naquele horário?

Não aguentei. Estava realmente me irritando ela estar parada ali, esse tempo todo.

- Ino - a chamei, alto o suficiente para que escutasse.

- S-Sim, Gaara-sama? - gaguejou, vindo em minha direção, enquanto eu ainda estava de costas pra ela.

Permanecemos em silêncio por uns instantes. Eu a olhei de soslaio, vendo-a com o rosto novamente corado, fitando o chão. Era visível seu embaraçamento. Talvez por eu tê-la percebido me espionando.

- Desculpe, não queria incomodá-lo - sussurrou.

- Não está me incomodando - sibilei, atraindo um olhar confuso dela, seguido de um dos costumeiros sorrisos dela. Falei meio sem pensar, mas os resultados foram mais positivos do que eu imaginava.

Novamente comecei a sentir meu coração bater mais rápido, veio então a mesma sensação e o calor repentino na face. Nós permanecemos apenas um do lado do outro, olhando o horizonte. O silêncio daquele momento era, certamente, apaziguador. Passamos um bom tempo, apenas um do lado do outro sem trocar palavras, ainda.

Aos poucos, pude perceber que o céu era tingido pelas cores do amanhecer do sol, o que me surpreendeu. Eu não achava que já era tão tarde quando eu a percebi.

- Dizem que se você fizer um pedido durante o nascer do Sol, ele se realizará no nascer do Sol do dia seguinte - ela falou, de repente. Me despertando dos meus devaneios.

- Isso já aconteceu com você? - perguntei fitando-a. Ela riu.

- Está se realizando agora - ela me olhou enrubescida - Eu pedi pra ver o nascer do sol com você - senti instantaneamente meu rosto ficar quente, e sorri também.

- Então acho que vou pedir pra que uma certa garota loira, que vem me atormentando muito ultimamente – eu sorri, recebendo uma risada tímida dela -, aceite ver o nascer do Sol comigo...pra sempre – disse sem fitá-la mais. Ouvi-a rir novamente, envergonhada.

- Eu acho que ela vai aceitar - percebi um certo tom de brincadeira em sua voz - Só saberemos amanhã, ao nascer do Sol - Ela concluiu. Ambos sorrimos, apreciando o nascer do Sol que, aos poucos, iluminava toda Suna.

O Sol havia acabado de nascer, e eu já ansiava pelo nascer do sol do dia seguinte. Que, assim que chegou, se tornou o dia mais importante da minha vida, com certeza.

[ Naruto ] Remorso

Regret (Remorso)

"Senti minha vida se esvaindo a medida que escutava as duras palavras que você proferia, anunciando a sua partida. Já temia que isso podia acontecer. Todos aqueles dias em que você me disse estar sofrendo, eu ignorei e te deixei só.

Senti um grande aperto no coração ao finalmente entender que você era mais importante que qualquer outra coisa no mundo pra mim, e deixei-a partir. Nunca me perdoarei por tal ato.

Nunca tive sentimentos tão claros quanto os que eu tive por você, um sentimento tão inócuo, tão puro.

Minha vida cheia de tristeza e ódio foi salva pelas suas doces palavras, ditas todos os dias, me incentivando a continuar.

Hodoke kaketa ito ni kizuki

Zutto tsunagi tometereba yokatta

Afuredashite nagareta mono wa

Ano hi no kimi to onaji iro darou

(Me dei conta do fio que estava prestes a se soltar

Seria bom se ele ficasse amarrado para sempre

Aquilo que transbordou e se foi com a correnteza

Deve ter a mesma cor que você naquele dia)


Sofro hoje a dura verdade: Tive uma vida e deixei-a escapar por motivos tão banais quanto a minha existência era para mim, antes de te conhecer.

Ainda sinto o aroma dos seus cabelos, louros e sedosos, que por mais de uma vez ocuparam o meu ombro, no intuito de fazer passar a dor escondida atrás de suas lamúrias. Nunca pensei que sofria tanto por minha causei tanta dor, tanta decepção. Queria poder voltar atrás e mudar tudo. Desde os problemas que tive na infância, até a sua partida.

Eu via em seus olhos, aqueles azuis celestes que por tanto me conquistaram, a dor que se instalava em seu coração a cada ato agressivo e impensado que tive.

Kimi ga suteta kotoba wo hiroi atsumeta

Nando mo mimi ni atete wa unazuite miseta

Kimi wo sagasenu imi to tomoru Pink no neon ni

Sakebi wa yagate kakikesare kokkei na jibun ni waraeta

(Juntei as palavras que você jogou

E quando as tocava em meus ouvidos, você apenas acenava com a cabeça inúmeras vezes

No neon rosa que brilha junto com o motivo pelo qual eu não te procuro

Os gritos, em breve, serão apagados e então poderei sorrir para o palhaço que sou)


Quando a escutei dizer a única palavra que pensei ter sido extinta da minha vida, achei estar em um pesadelo, um pesadelo que me fez lembrar de tudo o que aconteceu comigo, de todas as tolices que cometi, de tudo aquilo que sempre amei e sempre me deixava só no final, e que eu mesmo fazia com que se distanciassem.

"Adeus." Você disse com lágrimas nos olhos.

Só nesse momento, pude ver o quão idiota eu fui.

Hodoke kaketa ito ni kizuki

Zutto tsunagi tometereba yokatta

Afuredashite nagareta mono wa

Ano hi no kimi to onaji ki ga shiteta

(Me dei conta do fio que estava prestes a se soltar

Seria bom se ele ficasse amarrado para sempre

Aquilo que transbordou e se foi com a correnteza

Me pareceu ser igual a você naquele dia)


Te vi partir. A cada passo, meu coração se contorcia, dizendo para correr atrás de você, me ajoelhar e pedir perdão.

Mas eu não fui, não sei exatamente o porquê, mas estava muito confuso.


Kimi ga otoshita namida wo hiroi atsumete

Nando mo sugaru youni sekibaku wo kumou to

(Juntei as lágrimas que você derramou

E inúmeras vezes, como eu me prendesse a isso, a solidão e a angústia me perturbaram)


Agora me encontro nesse estado deplorável. Agoniado com a dor da realidade, a realidade de que você já não está mais comigo, e que novamente me encontro sozinho.

Você foi a única ponte que me ligava a vida. Sem você o caminho, novamente, se tornou longo e agonizante.

Rojou kutabireta akai hana

Kimi to yoku nita PIERCE no shita

Kimi to yoku nita RING wo tsukete

Kimi to yoku nita ROUGE no nutta

Kimi to onaji iro no kami wo shite

Kimi to yoku nita namida ga mieta

Kimi to onaji namae wo sakendanda

(Na estrada aqueles dois estavam em decadência

Debaixo de de um brinco muito parecido com o seu

Colocando um anel muito parecido com o seu

Me pintei com uma maquiagem muito igual a sua

Arrumando o cabelo igual ao seu

Consegui ver lágrimas muito parecida com as suas

E gritei pelo nome igual ao seu)


Para todos os lugares que olhava, sua imagem vinha a minha mente.

Aquele seu jeito infantil de lidar com as coisas, por mais madura que fosse em certas coisas. Você me intrigava. Mas era isso que eu amava em você.


Yubisaki ni tsutawaru yasuragi wa usturo

Itsuka no futari wa te wo tsunaida mama

(A tranquilidade que percorre as pontas de meus dedos é vazia

Algum dia aqueles dois, com as mãos dadas...)


Perdi a razão. Mais uma vez me encontro tendo acessos de loucura. Mas desta vez, não era de ódio. Era obcessão. Um amor incondicional por você.

Criei uma obceção pelo seu ser. Queria você só pra mim.


Nureta endorooru no naka

Monokuro no FILM wa utawanai

Tsurai de ita kono te ni nokoru

Utsurou na kanshoku no kimi ga saigo

(Dentro dos créditos molhado

O filme em preto e branco não canta

O que restou nessas mãos que estavam sendo seguradas

É a última vez que você me traz uma sensação de vazio)


Achei que era uma obcessão efêmera. Mas não era.

Procurei me controlar, e acabar com essa louca obcessão por você. Foi difícil. Cheguei a achar que fosse impossível, mas o meu 'eu' voltou a se despertar e novamente pude respirar.


Hodoke kaketa ito ga kirete

Hiroi atsumeta kotoba to nemuri

Afuredashite nagareta mono wa

Kitto kimi to yoku niterunodarou

(O fio que estava prestes a se soltar, arrebentou-se

E dormiu junto com as palavras que juntei

Aquilo que transbordou e se foi com a correnteza

Deve ser muito parecido com você)


Ainda te desejo ao meu lado, todos os dias, a cada segundo da minha vida. Mas agora, esperarei que o destino resolva que rumo tomará cada caminho, e a que ele tomar, eu aceitarei.

Se ele cruzar nossos caminhos novamente, me espere Yamanaka Ino; segurarei fortemente sua mão, e nunca mais te deixarei partir.


Yume wa towa ni yume no mama de

Yasuragi wa tsune ni yume no naka de

(Um sonho continuará sendo eternamente um sonho

A tranquilidade já estava dentro dos sonhos)


Agora já não sofro mais a dor do remorso. Mesmo que não esteja comigo fisicamente, te terei em meus sonhos.

Sabaku no Gaara."
FANFIC [ Estórias criadas por fãs de determinado ídolo, sem propósitos comerciais ]

As fanfics e estórias aqui postadas são pura e exclusivamente de minha autoria. Não são permitidas cópias, semi-cópias, traduções, etc.

The fanfics and stories posted here were written by me. Don't copy or distribute.

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[ Naruto ] Meu doce demônio
Ela sempre tivera a saúde debilitada, e tudo o que sempre quis era ter uma vida normal, crescer, namorar, casar, ter filhos... Só que, depois de conhecê-lo, suas chances de ter uma vida normal estavam permanentemente extintas.

Capítulos: [INTROD.] [1] [2] [3]





[ Naruto ] O pedido do amanhecer
Gaara sentia-se estranhamente atraído por uma kunoichi de Konoha. No que será que isso dará? Atordoado por seus sentimentos, Gaara já não sabia o que fazer. Mas ela sabia.





[ Naruto ] Remorso
SongFic O remorso pode causar grandes estragos. Nos consome e nos elouquece. Mas como será que ele reagiria a isso? (InoGaara)





[ Original ] Diário de uma caneta
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[ the GazettE ] Confuse
Era a primeira vez que me sentia assim. Era tão novo, tão estranho. Mas era com certeza uma sensação ótima estar ao seu lado. (AoiUruha/Yaoi)
 
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